A otoplastia é uma cirurgia que permite alterar a aparência das orelhas, podendo melhorar a forma, posição ou proporção da orelha.
As orelhas proeminentes, vulgarmente conhecidas por “orelhas de abano”, “orelhas descoladas” ou “orelhas aladas” são um problema relativamente comum, com uma incidência na população caucasiana de cerca de 5%.
Apesar de não se associar a qualquer problema auditivo, o stress emocional e o trauma psicológico que esta situação por vezes condiciona são importantes, principalmente em idade pediátrica.
As crianças que têm este problema são muitas vezes alvo de bullying por parte dos colegas, o que pode causar dano psicológico com consequências nefastas na autoimagem e personalidade, com repercussões ao longo da vida.
É aconselhável, portanto, que os pais procurem um médico de otorrinolaringologia ainda na fase pré-escolar da criança para se aconselharem sobre uma possível cirurgia para correção das “orelhas aladas”.
Esta cirurgia é habitualmente realizada com o paciente sob anestesia geral e tem a duração de cerca de 60 minutos (para cada orelha). Dependendo dos casos, pode realizar-se em regime de ambulatório ou com internamento de um dia.
Como as “orelhas aladas” consistem, sobretudo numa má posição ou num excesso da cartilagem que as forma, a otoplastia consiste, essencialmente, na moldagem da cartilagem com pontos de sutura e na excisão da cartilagem excedente (se necessário).
A otoplastia é, geralmente um procedimento simples e gratificante para o cirurgião e para o paciente, uma vez que os resultados são altamente satisfatórios na maioria dos casos.
As cicatrizes resultantes são praticamente impercetíveis, pois situam-se na região posterior da orelha. O resultado cirúrgico é imediato e geralmente definitivo.
É necessário usar uma banda de compressão elástica na zona operada durante um período de 8 dias, evitar traumatismos na zona das orelhas e a prática de exercício físico. Após uma semana de recuperação, geralmente é possível retomar a rotina escolar/profissional.